Você já parou para pensar como o mercado das imobiliárias mudou nos últimos anos? Tempos atrás, encontrar o imóvel dos sonhos era quase uma saga: visitar várias casas, lidar com corretores que pareciam falar uma língua diferente e, muitas vezes, se decepcionar ao ver que o anúncio não correspondia à realidade. Mas, nos últimos tempos, o jogo virou.
A tecnologia entrou em cena e transformou tudo, desde a forma como buscamos imóveis até como fechamos negócios. E no centro dessa revolução está o papel das imobiliárias, que precisaram se reinventar para não ficar para trás.
Hoje, em 2025, com o mercado mais aquecido do que nunca e só se destaca quem está usando as ferramentas certas para faturar mais enquanto oferece uma experiência incrível aos clientes. Quer saber como? Continue a leitura e fique por dentro desse panorama!
Como anda o mercado das imobiliárias no Brasil?
O mercado imobiliário brasileiro tem se destacado nos últimos anos por sua resiliência e crescimento consistente, mesmo diante de desafios econômicos. Em 2024, o setor registrou um desempenho impressionante, com aumentos expressivos em lançamentos e vendas de imóveis.
São Paulo, por exemplo, foi o grande protagonista desse movimento, liderando com um boom de novos empreendimentos. Esse crescimento reflete a força do mercado, que se mantém aquecido apesar de obstáculos como taxas de juros elevadas e um déficit habitacional persistente.
Olhando para os números divulgados pelo estudo Brazil Residential Real Estate Market Size & Share Analysis – Growth Trends & Forecasts (2025 – 2030), o mercado residencial no Brasil está projetado para atingir US$ 62,83 bilhões em 2025, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,40%, alcançando US$ 81,73 bilhões até 2030.
Esse avanço é impulsionado por fatores como urbanização, tendências demográficas favoráveis e um mercado de trabalho robusto, especialmente em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
No entanto, nem todos os segmentos acompanham esse ritmo: as taxas de juros, atualmente em 11,25%, dificultam o financiamento imobiliário, afetando principalmente a classe média que não se enquadra em programas sociais. Apesar disso, o crédito imobiliário cresceu 22,3% em 2024, segundo a Abecip (Diário do Comércio).
Outro ponto de destaque é o setor de luxo, que vive um momento de expansão. Um relatório do Statista intitulado Consumer Market Outlook, divulgado pelo G1, revelou que esse mercado apresentará uma taxa de 5,4% a cada ano até 2027.
Enquanto isso, o déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de unidades segue como um desafio crítico, evidenciando a necessidade de soluções estruturais para atender à demanda por moradia. Diante desse cenário, há planos do Governo Federal de construir 2,5 milhões de unidades do Minha Casa Minha Vida até o final de 2026.
Tendo esse panorama de escassez e crescimento em vista, dá para imaginar que o setor atrai muitos investimentos. E uma forma importante de aproveitar esse crescimento é usar as ferramentas certas nas suas estratégias. Vamos falar de algumas delas que você não pode ignorar.
Qual o papel da tecnologia para o setor faturar mais?
A tecnologia tem se tornado uma aliada indispensável para as imobiliárias que querem se destacar e aumentar seus lucros. Nos últimos anos, ferramentas como softwares CRMs e Inteligência Artificial (IA)transformaram a operação do mercado, trazendo eficiência e melhorando a experiência do cliente.
CRM (Customer Relationship Management)
Os CRMs (Customer Relationship Management, ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) são ferramentas essenciais para imobiliárias, pois ajudam a organizar, automatizar e otimizar a relação com clientes, além de gerenciar o processo de vendas e locação de imóveis.
O uso do CRM é essencial para o sucesso do negócio. Podemos resumi-lo em cinco processos:
- Armazenar todas as informações de clientes em potencial (leads) e atuais, como nome, telefone, e-mail, preferências (ex.: quer comprar ou alugar, faixa de preço) e histórico de interações. Isso evita que corretores percam oportunidades por desorganização;
- Mapear em que etapa do processo cada cliente está — desde o primeiro contato (ex.: “viu um anúncio online”), passando por visitas aos imóveis, até a negociação e fechamento do contrato. O sistema mostra, por exemplo, quantos leads estão “quentes” e prontos para fechar;
- Automatizar o contato com clientes, enviando e-mails ou mensagens automáticas (como lembretes de visita ou follow-ups) e criando alertas para os corretores não esquecerem de retornar a um cliente. Isso economiza tempo enorme, além de aumentar os fechamentos.
- Catalogar o portfólio de imóveis, com detalhes como localização, valor, fotos e status (disponível, reservado, vendido). Assim, o corretor encontra rapidamente o que o cliente procura.
- Gerar relatórios e dashboards integrados para que a imobiliária consiga ver o desempenho da equipe — quantos negócios cada corretor fechou, quais canais (site, redes sociais) geram mais leads.
Quem é gestor ou diretor sabe da importância dos CRMs. O grande ponto aqui é:
Importante dizer que, diferente do que muitos acreditam, o CRM não é apenas uma ferramenta em si. Não basta implementar uma plataforma e pronto. Aqui na Lead Care, por exemplo, olhamos para todo o processo, conversamos com stakeholders, mapeamos regras de negócio, entendemos gargalos e oportunidades para, então, implementar o processo de gestão de forma otimizada.
Plataformas de acompanhamento de negócios precisam estar alinhadas com o marketing e com o próprio comercial, que necessita estar treinado e metrificado.
Inteligência Artificial
A inteligência artificial (IA) está transformando o mundo, incluindo o setor imobiliário: mais eficiência, personalização e ideias inovadoras nos processos que antes dependiam muito de trabalho manual. Vamos ver alguns desses usos:
- Análise de mercado e precificação: a IA consegue analisar uma grande quantidade de dados (preços históricos, localização, tamanho do imóvel, tendências econômicas) para sugerir o valor ideal de venda ou aluguel de um imóvel;
- Busca personalizada de imóveis: as plataformas imobiliárias, como sites ou apps, usam IA para recomendar imóveis que combinam com o perfil do cliente. Por exemplo, se o cliente procura um apartamento de 3 quartos perto de escolas, a IA cruza suas preferências com o banco de dados e mostra para ele opções relevantes;
- Chatbots e atendimento ao cliente: muitas imobiliárias usam chatbots com IA para responder perguntas simples 24/7, como “qual o valor do aluguel?” ou “posso visitar amanhã?”. Isso reduz a carga dos corretores e mantém o cliente engajado. Alguns até agendam visitas automaticamente;
- Análise de imagens e tours virtuais: a ferramenta pode analisar fotos ou vídeos de imóveis para identificar características (ex.: “tem piscina”, “cozinha moderna”) e até criar tours virtuais realistas. Há empresas usando IA para transformar plantas 2D em modelos 3D interativos, ajudando compradores a visualizar o espaço;
- Previsão de tendências: com base em dados de mercado, a IA prevê quais bairros vão valorizar, onde há mais demanda ou até quando é o melhor momento para vender. Isso é ouro para investidores e corretores;
- Gestão de riscos e fraudes: em financiamentos ou contratos, a IA detecta inconsistências em documentos ou comportamentos suspeitos, protegendo as partes envolvidas;
- Automação em CRMs: como falamos antes, a IA turbina os CRMs imobiliários. Ela pode classificar leads por probabilidade de compra (ex.: “esse cliente está 80% propenso a fechar”), sugerir respostas personalizadas ou alertar sobre clientes que estão “esfriando”.
Lá fora, startups como Opendoor compram e vendem casas diretamente, usando algoritmos de IA para calcular ofertas em minutos.
Integrando tudo isso
Diante de todas essas mudanças e inovações, fica evidente que para se destacar no mercado das imobiliárias, é essencial adotar uma abordagem estratégica e personalizada.
Não basta apenas implementar novas tecnologias ou seguir tendências de forma isolada; é preciso integrar todos esses elementos de maneira inteligente para potencializar os resultados.
As imobiliárias que conseguem unir tecnologia, experiência do cliente e estratégias de mercado colhem benefícios expressivos. Entre os principais ganhos estão o aumento da taxa de conversão de leads, a redução do ciclo de vendas e a melhoria na satisfação dos clientes. Além disso, a automação de processos e o uso de inteligência artificial ajudam a reduzir custos operacionais no médio prazo, otimizando recursos e ampliando a margem de lucro.
Estar atento às tendências também é um diferencial competitivo. O mercado está em constante evolução, e quem se antecipa às mudanças consegue oferecer experiências mais ricas aos consumidores. A personalização no atendimento, a digitalização dos processos e a adoção de estratégias omnichannel são exemplos de práticas que fazem a diferença.
Lembre-se: A tecnologia é uma grande aliada, mas o fator humano continua sendo determinante para transformar oportunidades em negócios lucrativos.
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